segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Grécia: Período helenístico

Grécia: Período helenístico
O período helenístico da história grega começa com a morte de Alexandre em 323 a.C. e termina com a anexação da península e ilhas gregas por Roma em 146 a.C.. Apesar do fato de que o estabelecimento do governo romano não quebrou a continuidade da sociedade e cultura helenísticas - que permaneceram essencialmente as mesmas até o advento do Cristianismo -, ele marcou, contudo, o final da independência política grega
Durante o período helenístico, a importância da Grécia "em si" (ou seja, o território representado pela Grécia atual) dentro do mundo grecófono delinou nitidamente. Os grandes centros de cultura helenística eram Alexandria e Antioquia, capitais do Egito ptolemaico e da Síria selêucida respectivamente. Outros centros importantes eram Esmirna, Selêucida do Tigre, Éfeso e Pérgamo, todas fora da Grécia continental (cf. Civilização Helenística para a história da civilização grega fora da Grécia durante esse período.)
Atenas e suas aliadas (todas as populações da Grécia Central e do Peloponeso, com exceção de Esparta), ao receberam notícia da morte de Alexandre, revoltaram-se contra a Macedônia, mas foram derrotadas dentro de um ano, na Guerra Lamíaca. Enquanto isso, uma contenda pelo poder deixado por Alexandre irrompeu entre seus generais, resultando no desmembramento de seu império e no estabelecimento dum número de novos reinos (cf. Diádocos). Ptolomeu ficou com o Egito, Seleuco com o Levante, a Mesopotâmia e algumas cidades a leste. O controle da Grécia, Trácia e Anatólia foi contestado, mas por volta de 298 a.C. a dinastia dos Antigônidas suplantara a antipátrida.
O controle macedônio das cidades-estados gregas foi intermitente, com o aparecimento de revoltas. Atenas, Rodes, Pérgamo e outros estados gregos mantiveram uma independência substancial, juntando-se à Confederação da Etólia (ou "Liga da Etólia") com a intenção de defender essa independência. A Confederação da Acaia (ou "Liga da Acaia") ainda que teoricamente sujeita à dinastia ptolemaica (também chamada de dinastia dos Lágidas), agia, de fato, independentemente, controlando a maioria do sul da Grécia. Esparta também continuou independente, mas recusou-se a fazer parte de confederações.
Em 267 a.C., Ptolomeu II persuadiu as cidades gregas a revoltarem-se contra a Macedônia, resultando na Guerra de Cremônides, assim chamada devido ao líder ateniense Cremônides. As cidades gregas foram derrotadas e Atenas perdeu sua independência, bem como suas instituições democráticas. Isso marcou o fim de Atenas como agente política, ainda que continuasse sendo a maior, mais rica e mais cultivada cidade da Grécia. Em 255 a.C., a Macedônia derrotou a frota egípcia em Cós e estendeu seu domínio à todas as ilhas do Egeu, com exceção de Rodes.
Esparta continuou hostil aos Aqueus, e em 227 a.C. terminou por invadir a Acaia, ganhando o controle da Confederação. Os aqueus restantes preferiram distanciar-se da Macedônia e aliar-se a Esparta. Em 222 a.C., o exército macedônio derrotou os espartanos e anexou a cidade - era a primeira vez que Esparta era ocupada por um poder estrangeiro.
Filipe V da Macedônia foi o último governante grego a dispor tanto de talento como de oportunidade para unir a Grécia e preservar sua independência contra o poder de Roma, mas morreu com um machucado que não parava de crescer. Sob seus auspícios, a Paz de Naupacte (217 a.C.) Nesse momento ele possuía o controle de toda a Grécia, excetuando-se Atenas, Rodes e Pérgamo.
Em 215 a.C., contudo, Filipe forjara uma aliança com o inimigo romano, Cartago. Imediatamente, Roma seduziu as cidades aqueias, fazendo com que abandonassem a antiga lealdade a Filipe, e fez alianças com Rodes e Pérgamo - esse último, o maior poder da Ásia Menor. A Primeira Guerra Macedônica eclodiu em 212 a.C., terminando inconclusivamente em 205 a.C.. A Macedônia, contudo, havia sido marcada como inimigo de Roma.
Em 202 a.C., Roma derrotou Cartago, ficando livre para dar atenção ao oriente. Em 198 a.C. estourou a Segunda Guerra Macedônica - por razões ainda obscuras, mas basicamente porque Roma via a Macedônia como um aliado em potencial dos Selêucidas, o maior poder do oriente. Os aliados de Filipe na Grécia deserdaram-no, e em 197 a.C. ele foi finalmente derrotado na Batalha de Cinoscéfalos pelo cônsul romano Titus Quinctius Flaminius.
Para a sorte dos gregos, Flaminius era um homem de moderação e um confesso admirador da cultura grega, além de conhecer e falar o idioma - razão pela qual, na verdade, muitos dos aliados de Filipe haviam se aliado a Flaminius. Filipe teve que capitular sua frota e tornar-se um aliado romano, de forma que foi poupado. Durante os Jogos Ístmicos, realizados no istmo de Corinto em 196 a.C., Flaminius declarou, em meio ao entusiasmo geral, a independência das cidades gregas, tornando-as livres, apesar de guarnições romanas ainda se encontrarem em Corinto e na Calcídica. A liberdade prometida por Roma, contudo, era uma ilusão. Todas as cidades, exceto Rodes, faziam parte duma nova Confederação controlada pela própria Roma, e a democracia foi substituída por regimes aristocráticos aliados a Roma. A partir deste momento, rei Estefen Genaro passou a dominar a Grécia.

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